terça-feira, 6 de janeiro de 2015




O QUE, COMO E QUANDO AVALIAR: PERGUNTAS TRIVIAIS OU RESPOSTAS PERGUNTADAS?

Um belo cenário, com árvores, rios, pássros... tudo que se buscam em belo jardim. Depois de uma apreciação, ainda vêm as sugestoes, o que deveria acrescentar mais para aumentar aquela beleza, outras plantas poderiam estar ali, outras poderiam mudar de lugar, para que o sol, o vento, a chuva fossem bem mais distribuidas e assim a chance do jardim deenvolver por inteiro seria maior... foi feita aí uma avaliação, mas essa mesma avaliação que é feita a todo instante e em tudo que é visto e um aspecto considerado dificil e muito trabalhaso nas salas de aula e aí vem outra avaliação, a avaliação de uma sala de aula: sao muitos alunos, cada um com  hipóteses e dificuldades diferenciadas, o professor nao pode dar conta de orientar individualmente cada aluno... aqui está mais outro momento de avaliação.

Assim, a avaliação acontece de forma deliberativa, porque a todo instante se delibera alguma coisa e na escola essa deliberação é continua, seja em forma de reclamação, de desabafo ou até mesmo como meio de dizer que aquilo nao será feito.A professora da FACED/UFBA Maria Inez de Carvalho, produziu um texto cujo titulo é "Currículo por uma perspectiva deliberatória", que poderá servir como meio de se compreender a avaliação deliberativa. No momento que se delibera sobre o curriculo, se está também deliberando a avaliação, uma vez que esta nao acontece sem que haja uma deliberação por parte dos professores.

Outro equívoco cometido é considerar um exame somativo e formativo com avaliação, uma vez que um é classificatório e o outro verificativo, para tanto é preciso que se compreenda que avaliação é um processo que nao possui nem inicio, meio e fim, é um processo linear e rizomatico e nao começa e termina, ele acontece processualmente durante toda a vida do aluno, pensando assim, pode-se trazer os conteudos atittudinais que o professor poderá nao observar durante o ano letivo, mas talvéz, nem observe enquanto aquele aluno estiver na escola, porque ele poderá só demonstrar a aprendizagem de um conteudo atitudinal muitos anos depois ou nem desenvolver esse conteudo.

A avaliação deliberativa ou mesmo deliberatória deverá vir sempre acompnahada de um diagnóstico para que o docente tenha respaldo para deliberar sobre a aprendizagem do discente. Essa deliberação poderá acontecer apenas com o professor e os diagnósticos dos alunos, indangando o porquê de cada erro, o que se encontra dentro desses, quais as aprendizagens que possuem aqueles erros, porque ninguém erra querendo errar, se erra na certeza que está acertando, assim a deliberação do erro poderá guardar muitos aspectos que ajudarao ao professor (re)planejar e (re)avaliar sua práxis.

Ao considerar o titulo deste texto foi pensando que nem toda pergunta é trivial, que em cada pergunta existe mais outro tanto de perguntas e essas perguntas poderao ser respostas perguntativas, porque se assim nao for como entao acontecerá a avaliação deliberatória? Mas, também nao quer dizer que para acontecer a avaliação deliberatória não será preciso que haja perguntas, mas sim uma leitura com outro olhar, o olhar do aluno, de como ele ver o que acontece na sala de aula.

Os  instrumentos sao muitos os que poderão ajudar em uma avaliação deliberatória: o diálogo com aluno, os diálogos entre eles, as conversas sobre as atividades, as atividades pontuais e nao pontuais, porque sao momentos que os alunos estão distraidos com algo e isso facilita uma observação mais acurada por parte do professor e nesse momento a deliberação exerce seu papel de tal maneira que o professor observador esquece que está fazendo uma avaliação deliberatória porque isso já será uma atividade comum nas suas aulas.